Desenvolvimento de Cultivos Resistentes a Pragas e Doenças

O setor agrícola tem enfrentado desafios significativos relacionados à perda de produtividade devido a pragas e doenças que afetam as culturas. Desse modo, a urgência em desenvolver cultivos resistentes a pragas e doenças é alta.

Pois, as consequências econômicas e sociais desses problemas resultam em escassez de alimentos, aumento dos preços e instabilidade nos mercados agrícolas. Assim, para enfrentar esse desafio, cientistas e agricultores têm se dedicado a desenvolver cultivos mais resistentes, capazes de suportar ataques de pragas e doenças de forma mais eficaz.

Saiba mais sobre o desenvolvimento de cultivos resistentes a pragas e doenças no artigo abaixo!

Quais são os avanços tecnológicos e científicos atuais?

Os recentes avanços tecnológicos e científicos têm impulsionado o desenvolvimento de cultivos mais resistentes. Técnicas como edição genética, seleção de variedades promissoras e métodos de cultivo mais sustentáveis são os mais populares, pois, além de serem mais acessíveis, as pesquisas são mais avançadas.

Além disso, vale lembrar que a pesquisa agrícola de culturas resistentes a pragas e doenças desempenha um papel crucial na segurança alimentar e no desenvolvimento da produção sustentável. 

Ou seja, essas técnicas levam mais qualidade para os alimentos, menos gastos para os produtores, aumentam a produtividade da colheita e ainda são sustentáveis.

Nesse sentido, as pesquisas tecnológicas e científicas têm como foco a criação de culturas geneticamente modificadas (GM), projetadas para produzir seus próprios inseticidas ou obter resistência a herbicidas. E, para as culturas serem resistentes a pragas, elas são geneticamente modificadas para serem tóxicas para certos insetos. Ou seja, com a manipulação genética, os cientistas conseguem identificar genes que conferem resistência a insetos e outros organismos que prejudicam o crescimento e a produtividade das plantas. 

Feito isso, as culturas ficam mais resistentes a pragas e doenças e reduz-se a necessidade de pulverização de pesticidas químicos, o que é muito bom para o meio ambiente e para a qualidade do alimento. 

Quais são os impactos dos cultivos resistentes a pragas e doenças na Segurança Alimentar?

Como falamos acima, boa parte das pesquisas desta área usam da modificação genética para conseguir certas resistências das culturas. Mas isso afeta a segurança alimentar?

Não, na verdade a resistência a pragas e doenças contribui diretamente para a segurança alimentar global. Pois, como o alimento irá crescer de forma saudável, sem o uso de pesticidas e herbicidas, sua qualidade vai para um nível ouro que garante um alimento excelente para consumo.

Além disso, como não há perdas, os custos são reduzidos e os produtores conseguem ter uma previsibilidade maior das suas colheitas, o preço dos alimentos se mantém na média de mercado e as opções de variedade crescem. 

Ou seja, todos esses estudos elevam a qualidade dos alimentos e ainda garantem o acesso a um alimento saudável e mais natural para os consumidores.

Exemplos de cultivos resistentes a pragas e doenças 

Cases de sucesso são o que não faltam nessa área, pois, na maioria das vezes o desenvolvimento de cultivos resistentes têm um impacto significativo na produção agrícola e na segurança alimentar de determinadas regiões. 

Um exemplo, é a técnica do Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP) que limita os efeitos potenciais prejudiciais dos pesticidas químicos à saúde pública e ao ambiente natural. Desenvolvido pela WWF Brasil, o objetivo dessa prática é reduzir a população de pragas, sem eliminá-las do meio ambiente. Dessa forma, essa estratégia permite que os inimigos naturais permaneçam na plantação agindo sobre suas presas favorecendo a volta do equilíbrio natural desfeito pela plantação e pelo uso de defensivos agrícolas. 

Outro exemplo são as chamadas culturas Bt, que são plantas que possuem uma característica obtida por meio da inserção de genes da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt) e que promove a expressão de proteínas com ação inseticida.

Isso quer dizer que, quando as culturas são ingeridas pelo inseto-alvo, as proteínas interagem com receptores do intestino, levando à morte do inseto. 

Quais são os desafios e as considerações éticas? 

Os desafios éticos e ambientais associados ao desenvolvimento de cultivos resistentes podem ter um impacto na preservação da biodiversidade e potenciais efeitos colaterais, como o desequilíbrio natural do meio ambiente.

Pois, como mostramos acima, existem práticas que eliminam as pragas e doenças alvos e isso pode gerar uma quebra da cadeia alimentar natural. Nesse sentido,  como o controle se inicia antes mesmo da semeadura é necessário que o produtor faça o monitoramento das áreas e um levantamento detalhado das pragas incidentes e de sua população na região. 

Pois, só assim, é possível descobrir qual a melhor técnica de resistência utilizar, que pode ser a de modificação genética ou da locação dos inimigos naturais das pragas e doenças para reduzir a população de forma mais natural.

Desse modo, é necessário fazer os estudos e só assim começar a inserir os métodos. Caso não haja ética ambiental, outras consequências irão acontecer e os órgãos públicos podem multar os produtores pela falta de responsabilidade.

Contudo, para se ter um prejuízo ambiental leva anos, por isso, produtor, não implante nada na sua lavoura sem estudos e análises ambientais, okay! 

Futuro do desenvolvimento agrícola

É claro que as perspectivas futuras do desenvolvimento de cultivos resistentes, incluindo a integração de tecnologias emergentes e estratégias de manejo agrícola são promissoras e que elas levam em consideração as práticas ambientais.

Isso quer dizer que nenhuma descoberta ou tecnologia será utilizada no mercado sem antes o governo aprovar o uso e estar cientes dos impactos das mesmas. Por isso, produtor é necessário que você se informe e mapeie toda a sua lavoura para fazer bom uso desses avanços. 

Além disso, para compor o combo do uso de culturas resistentes a pragas e doenças é necessário também o investimento em outras formas de monitoramento, manejo e controle do desenvolvimento da safra. 

Por exemplo, para se saber com exatidão que as plantas transgênicas estão funcionando, sua lavoura deve ter um monitoramento via satélite, drone ou sensores para avisar quando uma população possa estar se aproximando ou se instalando na plantação.

E, para além disso, quando os sensores alertarem para esse tipo de situação, toda a situação se resolve de forma mais rápida e a sua decisão pode ser mais assertiva, caso a plantação seja prejudicada.

Para saber mais sobre ferramentas tecnológicas para monitoramento e controle das culturas, clique aqui!

Portanto, o desenvolvimento de cultivos resistentes a pragas e doenças já é uma realidade e seus benefícios são extremamente importantes, tanto para os produtores que conseguem maior produtividade, alimentos mais saudáveis e redução de custos com insumos e perdas nas safras, como também para os consumidores que recebem alimentos de maior qualidade.

E, não podemos deixar de citar o meio ambiente, que ganha um avanço sem perder seu equilíbrio.

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