A força da economia brasileira caminha, já há algum tempo, lado a lado com o agronegócio. É bastante nítido, no entanto, que o setor tem se transformado ao longo dos anos, especialmente no que se refere às novas tecnologias. Todas essas mudanças vêm acompanhadas de uma nova geração à frente do agro, formada, em sua maioria, por millenials, ou seja, pessoas nascidas nas décadas de 1980 e 1990.
Esses novos líderes do agronegócio, embora jovens, já contam com bastante experiência na área, pois a maioria deles vem de famílias de produtores. Cabe a eles, portanto, dar continuidade ao trabalho dos pais, sempre norteados pelo equilíbrio entre tradição e tecnologia.
Aliás, tecnologia é uma das marcas da nova geração do agro. Isso porque os millenials acompanharam desde muito cedo a revolução tecnológica impulsionada, sobretudo, pelo surgimento da internet. Justamente por isso, o agro está entre os setores mais desenvolvidos no Brasil, com tecnologias que passam por sensores e irrigadores eletrônicos, aplicativos e softwares, drones, maquinários autônomos e satélites.
Outra novidade da qual os novos produtores estão habituados são as startups, empresas tecnológicas que tem ganhado um espaço tão significativo que hoje atuam nas mais diversas áreas do agronegócio brasileiro, desde soluções de agricultura de precisão ao desenvolvimento de novos softwares.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Startups encomendada pela Dell Technologies, o Brasil já conta com 299 Agritechs (startups na área do agronegócio) ativas, sendo que quase metade (47,1%) já receberam aportes externos de investidores interessados em impulsionar seu investimento.
Agricultura de precisão
Considerada um dos mais importantes marcos do setor nos últimos anos, a agricultura de precisão é a forma mais adequada para monitorar as atividades agrícolas, sempre pautada no que há de mais moderno.
A agricultura de precisão funciona a partir de dados coletados das áreas geograficamente referenciadas e utiliza a implementação da automação agrícola para possibilitar tomadas de decisões cada vez mais assertivas.
Como destaca a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a agricultura de precisão é fundamental para o processo e análise de dados, uma vez que reúne todas as informações a respeito das condições ideais para o cultivo das principais culturas agrícolas.
Embora tenha chegado ao Brasil na década de 1990, somente mais recentemente que a agricultura de precisão se tornou mais popular entre os produtores, o que se deve, inclusive, pelos avanços tecnológicos e pelo crescimento de preocupação com o meio ambiente.
As ações englobadas pela agricultura de precisão passam pelo uso adequado de defensivos, monitoramento de pragas, irrigação, entre outros. Já as suas vantagens incluem o aumento da produtividade para a lavoura, facilidade para ter assertividade em todas as decisões a serem tomadas, economia do sistema produtivo e redução de danos ambientais.
Responsabilidade ambiental
Outra questão que merece ser destacada é que hoje, graças à tecnologia e à visão dos novos produtores, o agro desempenha um papel ambiental muito importante. Faz isso de muitas maneiras, especialmente com tecnologias que possibilitam o agronegócio sustentável. Alguns exemplos disso incluem os irrigadores eletrônicos (que evitam o desperdício de água), o uso de dispositivos para avaliação climática e do solo, o rastreamento de pulverizações aéreas, o monitoramento por satélite, o trabalho adequado em relação aos cuidados com o solo e a agricultura familiar.
Plataformas digitais são uma realidade no agro, utilizadas para melhorar a gestão das lavouras de ponta a ponta, aumentando a produtividade e reduzindo custos, ganhando lucratividade com redução nos impactos ambientais.
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Mulheres no agro
O novo agro também tem um espaço muito maior para as mulheres. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), por exemplo, mostram que, de 2004 a 2015, a quantidade de trabalhadoras nos setores de insumos, agropecuária, agroindústria e agrosserviços passou de 24,1% para 28% do total de trabalhadores, número que é ainda maior atualmente.
Essa participação das mulheres no agronegócio tem crescido em todas as áreas da produção, ou seja, hoje elas têm um espaço cada vez maior como proprietárias de terra, produtoras, administradoras, médicas veterinárias, agrônomas e zootecnistas. Nas empresas e startups voltadas ao agronegócio, elas também ocupam cargos de destaque como presidente, gerente, coordenadora, líder do setor de pesquisa, entre outros.
Conclusão
O conhecimento, a experiência e a tecnologia são alguns dos principais alicerces da nova geração do agronegócio brasileiro. Homens e mulheres, em sua maioria nascidos nas décadas de 1980 e 1990, têm feito a diferença nesse setor, contribuindo para que ele cresça cada vez mais.
As principais diferenças do agro de hoje com o de décadas atrás incluem o desenvolvimento de importantes tecnologias, como drones, satélites e irrigadores eletrônicos. Há de se destacar também o surgimento das startups, o aumento da presença da mulher no setor e a constante preocupação com o meio ambiente. Por meio disso, aliás, surgiu a agricultura de precisão, hoje tão fundamental no cotidiano dos produtores.
A nova geração tem promovido uma verdadeiro revolução no agronegócio, trabalhando, dia a dia, para que o setor que move o Brasil continue a crescer e a gerar empregos.
Referências
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