Pesquisa aponta as dez marcas do agro mais lembradas pelos consumidores

JBS, Ambev e Friboi estão entre as dez marcas do agro, segundo o estudo “Percepções Sobre o Agro – O Que Pensa o Brasileiro”, produzido pelo Movimento Todos A Uma Só Voz, que reúne mais de 45 instituições e empresas ligadas ao agronegócio nacional.

O Movimento Todos a Uma Só Voz divulgou, no dia 28 de setembro, os resultados da pesquisa “Percepções sobre o agro. O que pensa o brasileiro”, levantamento que entrevistou 4.215 pessoas a respeito de diversos temas relacionados ao setor agro. A pesquisa, divulgada pela Forbes Brasil, seguiu a metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), inclusive no que se refere à amostragem, que levou em conta o gênero, a idade, a classe social e as regiões geográficas dos entrevistados. As mulheres representaram 52% dos participantes, enquanto os homens, 48%. 

Dentre os tópicos abordados na “Percepções sobre o agro” estão as marcas mais lembradas pelos brasileiros. Para chegar aos resultados, os entrevistadores fizeram a seguinte pergunta: “Qual é a primeira marca ligada ao Agronegócio que vem à sua cabeça?”. No total, 18% citaram 10 marcas, 58% citaram marcas diversas e 24% não souberam responder. Confira um pouco mais sobre as dez marcas mais citadas: 

JBS

Principais produtos: Carnes bovina, suína, ovina e de frango. 

Responsável por cerca de 70 marcas, como Friboi, Seara, Swift, Doriana, Resende e Primor, a JBS é a maior companhia de proteína animal do mundo e atua em 15 países. O grupo conta com 400 unidades de produção e distribuição e registrou, em 2021, receita líquida de R$ 350,7 bilhões, número que representa um crescimento de 29,8% em relação ao ano anterior. 

Ambev

Principais produtos: Cervejas, refrigerantes e sucos. 

A maior fabricante de cervejas do mundo detém marcas como Antarctica, Brahma, Corona, Skol, Stella Artois e Budweiser e também é responsável por produzir refrigerantes, sucos, isotônicos e até chás. Seu faturamento líquido de 2021 chegou a R$ 72,9 bilhões, quantia 24,8% maior que a de 2020.

Friboi

Principais produtos: Carne bovina. 

A empresa pertence à JBS e conta com 36 unidades de abate e processamento de carnes espalhadas por todo o território nacional. Sua receita líquida em 2021 foi de R$ 14,1 bilhões, 10,8% a mais que a de 2020. 

Sadia

Principais produtos: Alimentos processados, como frango, hambúrguer, linguiça e salsichas.

Empresa pertencente à BRF, a Sadia tem produto bastante consumidos não apenas no Brasil, mas também na Argentina, Hungria, Itália, Singapura, Hong Kong e em países Árabes. Em 2021, faturou R$ 48,3 bilhões, número que representa um crescimento de 22,5% em relação a 2020.

Bunge

Principais produtos: Óleos, farinhas de trigo e gorduras. 

Embora seja dos Estados Unidos, a empresa já está há 115 anos no Brasil e atua na produção de óleos vegetais comestíveis, margarinas e açúcar, além de bioenergia e Agricultura de Precisão (AP). É proprietária de marcas como a Predileta e a Soya e teve receita global de US$ 2,08 bilhões em 2021, valor quase duas vezes maior que o de 2020: US$ 1,14 bilhão.

Embrapa

Principais produtos: Tecnologias voltadas ao setor agro. 

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) não produz alimentos, mas certamente foi lembrada pelos brasileiros por conta das tecnologias que desenvolve, afinal, elas são fundamentais para o avanço do setor agro no país. Em 2021, seu lucro social foi de R$ 81,56, uma vez que para cada real destinado à Embrapa, suas pesquisas geraram R$ 23,38 de retorno. 

Cargill

Principais produtos: Óleos vegetais e amidos. 

Também empresa dos Estados Unidos, a Cargill atua em mais de 70 países e é uma das principais referências no Brasil quando o assunto é produção de óleos vegetais, amidos, chocolates, cosméticos e até mesmo produtor de nutrição animal. Dona de marcas como Liza, Pomarola e Elefante, a empresa teve receita líquida de R$ 103 bilhões no Brasil em 2021, valor 50% maior que o de 2020.

Seara

Principais produtos: Alimentos processados, como frango, hambúrguer, linguiça e salsichas.

Criada em 1956, a Seara foi comprada pela JBS em 2013 e se mantém como referência em alimentos processados. Em 2021, sua receita líquida foi de R$ 36,5 bilhões, ou seja, houve crescimento de 36,6% se comparado a 2020. 

Nestlé

Principais produtos: Chocolates, biscoitos, sorvetes e lácteos. 

A empresa suíça chegou ao Brasil em 1876 e nunca perdeu os holofotes. Ainda em 1920, mais de 100 atrás, a marca se consolidou no país e hoje já tem mais de 2 mil produtos. No ano passado, a receita global da empresa foi de US$ 94,5 bilhões, 3,3% a mais que 2020. 

Aurora

Principais produtos: Lácteos, linguiça, salsicha e carne. 

Cooperativa com atuação nos estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, a Aurora conta com cerca de 100 mil produtores rurais, a maioria de pequeno e médio portes. Atualmente conta com cerca de 800 produtos e teve, em 2021, faturamento de R$ 19,4 bilhões.

Conclusão

O setor agro é fundamental para a economia brasileira e, por conta disso, o Brasil tem diversas marcas consideradas referências mundiais na produção de alimentos, desde carnes até derivados de leite. Segundo a pesquisa “Percepções sobre o agro. O que pensa o brasileiro”, as dez marcas do setor agro mais lembradas pelos brasileiros são a JBS, a Ambev, a Friboi, a Sadia, a Bunge, a Embrapa, a Cargill, a Seara, a Nestlé e a Aurora. 

Todas elas são muito importantes para a economia brasileira, geram um grande número de empregos e se consolidaram como referência não só na produção de alimentos, mas também no desenvolvimento de importantes tecnologias para o campo, como é o caso da Embrapa. Justamente por isso, as marcas são lembradas com facilidade pelos brasileiros quando questionados sobre o assunto. 

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Jornalista, mestre em Tecnologias, Comunicação e Educação, revisor e redator freelancer. Atua como repórter e assessor de imprensa e já publicou dois livros como autor independente. Tem interesse por cinema, literatura, música e psicanálise.

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