Entenda a importância do uso de tecnologias agrícolas para o aumento da produtividade e a redução do impacto ambiental
Você já está ciente da importância da agricultura na sociedade moderna. Considerada uma das principais atividades econômicas do mundo, ela é responsável por suprir as necessidades alimentícias de bilhões de pessoas – o que tem implicações em todos os aspectos da sobrevivência e da convivência humanas, inclusive em termos geopolíticos.
Você também provavelmente sabe que a agricultura enfrenta certos desafios no contexto atual, marcado pela crescente escassez de recursos e mudanças climáticas que afetam o dia a dia de formas cada vez mais drásticas. Aqui, estamos falando de um “tipo” específico: a agricultura convencional, que ganhou força nos últimos 50 anos por otimizar a produtividade agrícola através do uso de agrotóxicos e outros produtos químicos que, em suma, fazem mal ao meio ambiente.
Diante das desvantagens da agricultura convencional, surge a pergunta: existe alternativa? Sim! E é sobre isso que vamos falar hoje. Continue lendo para entender o que os produtores podem fazer (e vêm fazendo) para gerar alimentos e outros produtos de qualidade sem esgotar os recursos finitos à nossa disposição.
Que desafios a agricultura convencional enfrenta?
Não é segredo que o uso intensivo de pesticidas, fertilizantes e outros insumos químicos gera fortes impactos na saúde humana e no meio ambiente. Em alguns casos, os danos chegam a ser irreversíveis.
Podemos citar a contaminação do solo, de fontes de água e do ar, problemas de fertilidade nas áreas cultiváveis e afins. E não é só isso: segundo a Associação Internacional de Fertilizantes (IFA), o uso de fertilizantes químicos também contribui com a emissão de dióxido de carbono (CO2), intensificando o aquecimento global.
Outro desafio está na escassez crescente de recursos hídricos, algo exacerbado pela ineficácia das técnicas de irrigação adotadas tradicionalmente. De acordo com dados de instituições especializadas no tema, incluindo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), cerca de 70% da água no Brasil e no mundo são usados na irrigação – porém, de 50 a 60% desse volume se perdem em função da má gestão de recursos hídricos.
Por último, mas não menos importante, a agricultura convencional também gera um desafio na forma da prática de monocultura. Isso acontece porque esse modelo de produção:
- Exige a preparação do solo, o que causa seu empobrecimento nutricional
- Envolve o desmatamento de extensões de terra e, por consequência, a perda de biodiversidade e até extinção de inúmeras espécies (que perdem sua fonte de alimentação ou seu habitat)
- Deixa as plantações menos resistentes e mais expostas à ação de pragas e doenças
É claro que esses não são os únicos percalços que a agricultura convencional gera. De todo modo, eles nos dão uma boa ideia da intensidade com que a prática afeta não apenas os recursos naturais, mas também a saúde humana.
Para cada desafio, uma possível solução
Na mesma medida que a agricultura convencional apresenta desafios, existem também possíveis soluções para conter o problema sem que isso afete a produtividade e o acesso dos consumidores a alimentos de qualidade.
E já falamos bastante de várias delas aqui no blog da Sensix!
Um bom exemplo está na agricultura de precisão, modelo de gestão de informações relacionadas à produção agrícola que é baseado na utilização eficiente de tecnologias como drones, sensores, GPS e inteligência artificial (IA). Com elas, os produtores conseguem tomar decisões mais exatas e acertadas e, assim, poupar recursos naturais e financeiros. Como resultado, a produtividade aumenta ao mesmo tempo que os impactos ambientais são reduzidos.
A Internet das Coisas (IoT, da sigla em inglês) é mais uma tecnologia revolucionária na agricultura. Em meio às diversas possibilidades que ela cria para o setor, o uso de sensores conectados à internet para o monitoramento de culturas e a automação de processos como irrigação é um ótimo exemplo. De quebra, isso quer dizer que os produtores são capazes de usar recursos de forma mais consciente!
De modo geral, a tecnologia tem um papel fundamental na redução do impacto ambiental gerado pelo agronegócio – e, vale mencionar, no fortalecimento de culturas contra a ação de pragas que reduziriam a produtividade (e, em larga escala, contribuiriam com a fome). É através de aliados como a agricultura de precisão e a IoT que está cada vez mais possível conter o desperdício de vários tipos de recurso!
Os efeitos do uso de tecnologias na agricultura já são vistos na prática
De acordo com a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), mais de 67% das propriedades rurais no Brasil já adotaram algum tipo de inovação tecnológica em suas plantações.
Isso atesta a eficácia da adoção desses recursos, o que fica ainda mais claro quando consideramos a importância da agricultura na economia brasileira: segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio deve corresponder a nada menos de 24,5% do produto interno bruto (PIB) do país em 2023.
O futuro da agricultura tem tudo para ser brilhante (e sustentável)
Não faltam provas de que a adoção de práticas agrícolas eficientes pode não apenas aumentar a produtividade e reduzir o impacto ambiental, mas também gerar mais segurança alimentar aos bilhões de consumidores que dependem da agricultura no âmbito global.
A agricultura convencional teve o seu mérito ao longo das últimas décadas, mas é inegável que ela já deixou de suprir as necessidades do ser humano e do planeta há tempos – aliás, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), ela simplesmente não combate a fome. Assim, cada produtor (e também cada consumidor) que age com a mão na consciência está fazendo a sua parte para enfrentar os desafios impostos a uma população que não para de crescer!
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