Milho: A importância da semeadura para a produção da cultura

A busca por sucesso na produção agrícola requer muito trabalho, dedicação e foco. São muitas as etapas que acompanham o trabalho no campo, desde o planejamento até a pós-colheita. No caso do milho, um dos aspectos que merecem bastante atenção é a semeadura, afinal, esse trabalho pode ser determinante para o sucesso ou fracasso da plantação. 

A partir do planejamento agrícola, é possível saber como e onde fazer a semeadura, além de ter uma noção mais precisa a respeito do valor que deve ser investido nesse processo. 

Antes de abordar a semeadura, no entanto, vale a pena destacar a importância do milho para a agricultura brasileira, uma vez que essa é a segunda cultura mais plantada no Brasil e a terceira em todo o planeta. No país, 65% do milho são utilizados na alimentação animal, enquanto 11% são consumidos pela indústria. 

O milho se destaca por ser bastante resistente e, assim, muitas vezes sobrevive a chuvas prolongadas, estiagem e clima seco, embora, obviamente, também seja prejudicado por esses fenômenos. 

Por conta disso, inclusive, escolher a semente a ser plantada é uma etapa que merece toda a atenção do produtor rural. A primeira dica é sempre recorrer a sementes com alto vigor, certificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e credenciados pelo Registro Nacional de Sementes e Mudas (RESASEM). 

Nesse momento, devem ser levados em conta fatores como disponibilidade hídrica, fertilidade do solo, ciclo da cultivar, época de semeadura e espaçamento entre linhas.

Tudo isso, é claro, deve ser observado de acordo com a realidade de cada região, especialmente no que se refere a fatores como potencial produtivo, estabilidade, resistência a doenças, adequação ao sistema de produção em uso e condições de clima e solo.

Outra informação que merece destaque é que embora não existem diferenças entre cultivar milho na safra normal ou na safrinha, o ciclo deve ser levado em conta no momento de escolher os híbridos.  

Também é relevante levar em conta a densidade das plantas ou estande, que é o número de plantas por unidade de área. No Brasil, o ideal é cultivar entre 30 mil e 90 plantas por hectare para que assim sejam alcançados os melhores resultados possíveis. 

A densidade ideal, porém, depende de fatores como híbrido de milho, disponibilidade hídrica e nível de fertilidade do solo. Só estabelecer uma quantidade adequada de plantas, porém, não é suficiente, uma vez que o sucesso da produção também depende, é claro, da adoção de práticas de manejo eficientes. 

Produção de Milho

Imagem: Blog Aegro

Arquitetura das plantas e produtividade

Outro fator ligado à quantidade e à qualidade da produção é a arquitetura das plantas, aspecto que influencia a quantidade de luz que penetra nas folhas do milho. As folhas mais abertas são as que produzem melhor em espaçamentos maiores.

Por isso, inclusive, a prática de semeadura deve ser feita em espaçamento uniforme, para que assim as plantas tenham uma arquitetura homogênea.

Por outro lado, em solos pobres, com problemas de drenagem ou mesmo em condições de falta de água, as altas densidades populacionais com híbridos de arquitetura ereta não são recomendadas.

No Brasil, os espaçamentos entre 0,45 cm e 0,50 cm são os mais utilizados, uma vez que proporcionam melhores condições para o desenvolvimento do milho, inclusive maior interceptação de luz solar, melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, maior eficiência no uso de água, melhor controle de plantas daninhas, redução da erosão e melhor qualidade de plantio.

Em meio a isso, são muitas as formas capazes de estimar a produtividade do milho, sendo que um exemplo bastante simples pode alcançar resultados satisfatórios. Para isso, basta coletar algumas espigas da área desejada, calcular o peso médio de grãos de cada uma delas, ter conhecimento sobre a população de plantas na área e multiplicar o peso médio de grãos de cada espiga pelo número total de plantas existentes no talhão. 

A partir desse procedimento simples é possível perceber que quanto maior o número de espigas coletadas e avaliadas, menor será a margem de erro para a produtividade real no momento da colheita.

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Imagem: My Farm

Conclusão 

Alcançar resultados expressivos na produção agrícola não é uma tarefa fácil, já que são muitos os fatores envolvidos e cada detalhe pode fazer a diferença. No caso do milho, por exemplo, a semeadura desempenha uma função determinante para o sucesso ou fracasso do plantio. 

Nesse contexto, diversos fatores devem ser levados em conta, como a escolha de sementes de qualidade, o levantamento completo das características da área em que o plantio será feito, a quantidade de plantas em cada local, o espaçamento uniforme entre elas e a arquitetura das plantas. 

Cabe ao produtor rural, portanto, planejar todas essas etapas com total atenção, para que assim consiga alcançar os resultados desejados em sua produção, não só no que se refere à quantidade, mas também no que diz respeito à qualidade. A semeadura, portanto, é mais uma das muitas etapas que merecem atenção especial do produtor rural, devido ao papel fundamental que desempenha. 

Leia também: Produção de Milho no Brasil

Fontes

Blog Aegro

My Farm

Jornalista, mestre em Tecnologias, Comunicação e Educação, revisor e redator freelancer. Atua como repórter e assessor de imprensa e já publicou dois livros como autor independente. Tem interesse por cinema, literatura, música e psicanálise.

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