O milho é uma das culturas mais importantes da agricultura no Brasil superando recordes de produção a cada ano.
Sua versatilidade é uma das qualidades dessa cultura que pode ser utilizada na indústria e na alimentação humana e animal. Os primeiros indícios da produção do milho foram encontrados no México que logo se espalhou pela América e Europa, e hoje está presente em diversos países.
Conheça a seguir a história do milho no mundo e como o milho se tornou parte da potência agrícola brasileira.
História do milho
O milho é um cereal, cultivado em grande parte do mundo tanto para alimentação humana como para alimentação animal, sendo um alimento extremamente rico em nutrientes.
A palavra milho vem do latim millium, que destina ao numeral mil, devido à grande quantidade de grãos. O grão é uma variante do teosinto, e os primeiros registros do plantio do milho, surgiram há pelo menos 7 mil anos nas ilhas próximas ao litoral do México.
O nome de origem indígena caribenha significava “sustento da vida”, e durante muito tempo foi alimento de civilizações como as Astecas, Maias e Incas. Assim, o grão fazia parte de grande parte das atividades dessa civilização que reverenciavam o alimento na arte e na religião.
Após encontrado no México o grão se tornou um produto presente na América Central, onde o clima é bem favorável para sua produção e depois para a América do Sul onde os seus primeiros indícios foram há 4 mil anos.
Logo após ter chegado nas Américas o milho se consolidou como um dos principais alimentos da população mais humilde da Europa, sendo discriminado pela elite europeia.
A cultura do milho se espalhou por diversas regiões sendo plantado por indígenas americanos em mais de uma espécie. Logo após foi substituído por cultivo de apenas uma espécie e com a chegada das navegações no século XV, a cultura do milho chegou a diversos países.
Como o milho chegou no Brasil
No Brasil, o milho já era cultivo pelas tribos indígenas antes da chegada dos portugueses. Com a colonização, há mais de 500 anos, o consumo teve grande aumento, tonando-se um hábito alimentar.
Os índios tinham em sua alimentação o milho como um dos principais alimentos, principalmente as tribos guaranis. Com a chegada dos novos povos, o grão se tornou fonte de outras atividades sendo incorporado como formas diversas de cozimento e como farinha, por exemplo.
Espécies de milho
O milho é composto por várias espécies que se diferenciam em cor, espessura, tamanho e formato. Atualmente podemos encontrar cerca de 150 espécies de milho sendo utilizadas de várias maneiras de consumo.
Veja algumas espécies:
Milho doce
O milho doce é resultado da mutação que quando presente bloqueia a conversão de açúcares em amido e dessa forma pode-se ter o milho doce (gene sugary) ou o super doce (gene brittle).
Esse tipo de espécie é considerada uma mutação seguida de domesticação. Com características próprias, o milho doce tem alto valor nutritivo.
Milho duro
Essa espécie apresenta em sua composição maior quantidade de endosperma vítreo, por isso a sua espessura é mais dura. Possui alta qualidade e rendimento.
Milho de pipoca
O milho de pipoca é um tipo de milho bastante consumido no Brasil, por ser utilizado para fazer a pipoca. Seu cultivo se restringe a áreas menores, sendo plantado por pequenos produtores, porém se tem boa perspectiva para expansão e tendo variação de ano para ano em sua área de plantação.
A espécie possui uma espiga menor e gera menor quantidade de grãos, com característica miúda, forma de gota e espessura dura.
Milho dentado
No milho dentado o endosperma é de espessura dura nos lados e mole no centro do grão, com um caráter poligênico.
Possui um dente na parte superior, é colhido na fase madura e é utilizado na alimentação do gado e na produção de xaropes, azeites e álcool.
Milho mole
O milho mole apresenta em sua constituição uma quantidade de endosperma amiláceo (farináceo), oferecendo menos resistência ao corte.
São grãos macios e adocicados constituídos por um tecido mole que pode ser facilmente moído.
Cultivo do milho
A cultura de milho no Brasil tem alto potencial produtivo devido às suas características fisiológicas. O plantio do milho é feito através do plantio direto respondendo bem a um cultivo mecanizado.
Métodos de plantio:
- Cultivares de alto potencial genético;
- Tratamento de grãos;
- Manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas;
- Correção do solo;
- Agricultura de precisão;
- Plantio direto;
- Entre outras.
No Brasil atualmente nota-se algumas mudanças que vem ocorrendo na produção com mais capacitação dos profissionais e a agricultura de precisão melhorando a tomada de decisão do produtor.
Além disso, a implantação de novas tecnologias na produção agrícola contribui para o desenvolvimento do setor agrícola.
Atividades como a utilização de cultivares de alto potencial genético, cultivares transgênicas e não transgênicas como a resistência a lagartas e ao uso de herbicidas, melhor controle de pragas e doenças, melhor qualidade das sementes, irrigação e preparação do solo assim como atividades relacionadas melhoram o cultivo de milho no Brasil.
Leia também: Alternativas ao milho na rotação de cultura
Brasil como potência agrícola
A produção de milho no Brasil está na terceira posição do ranking de produtividade como uma das maiores potências produtivas do mundo, com aumento aproximado crescimento em torno de 5,7% ao ano.
No mundo, o milho é responsável por uma produção de aproximadamente 960 milhões de toneladas, tendo Brasil, China, Estados Unidos e Argentina como os maiores produtores.
Sabe-se que o Brasil é um dos países com grande destaque no agronegócio, com investimento em tecnologia e agricultura de precisão, superando índices de produção a cada ano.
A produção do milho é um dos fatores que contribuem para esse cenário, onde nos últimos anos obteve um alto crescimento na produção, depois de suprir divervas necessidades de investimentos substanciais, programas de melhoramento de híbridos, uso da tecnologia e melhorias no manejo que contribuíram para manter a produção em alta.
A média de produção se mantém em médias acima de 14t/ha, tendo como regiões mais produtoras o Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia.
Dessa maneira o agricultor se desenvolve a cada dia utilizando a agricultura de precisão para a correção dos solos e analisando os índices de produtividade, assim como híbridos com maiores índices de respostas e melhores práticas do manejo.
Além disso, o uso de máquinas e equipamentos mais precisas e com maior qualidade aliada a uma mão-de-obra qualificada, permite plantações cada vez mais uniformes, além da adoção de práticas para o aumento da produção de plantas e níveis equilibrados de nutrientes para sua reprodução.
Todos esses fatores contribuíram e continuam sendo essenciais para que os agricultores possam se especializar cada vez mais e com isso aumentar a produtividade da cultura, contribuindo para o aumento da produção agrícola no Brasil.
Conclusão
Por fim, podemos concluir que o a história do milho começa no México com os primeiros indícios do cultivo do grão no litoral e, com a chegada de novos povos, o milho se espalhou por diversos países.
Atualmente, o milho e a soja brasileiros trazem índices de produtividade altos contribuindo para a economia do país e para o agronegócio brasileiro, destacando o país como um dos maiores produtores agrícolas do mundo.
Gostou deste conteúdo? Se tiver alguma dúvida, deixe o seu comentário no campo abaixo.
Referências
https://agropos.com.br/origem-do-milho/
https://rehagro.com.br/blog/origem-do-milho-no-brasil/
https://www.fiesp.com.br/sindimilho/sobre-o-sindmilho/curiosidades/milho-e-suas-riquezas-historia/
http://www.aprosoja.com.br/soja-e-milho/a-historia-do-milho
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zea
Pingback: Mercado do milho: subprodutos e suas utilidades - Sensix Blog