Dentre os inúmeros cuidados necessários em todas as etapas da produção agrícola, alguns são indispensáveis para amenizar a perda da colheita, algo que acontece em três diferentes momentos: na pré-colheita, na colheita e na pós-colheita. Esses cuidados devem fazer parte do cotidiano, especialmente porque o desperdício pode afetar diversos aspectos da vida do produtor rural, inclusive seu lucro financeiro.
Em um primeiro momento, as preocupações centrais do produtor devem levar em conta as pragas, afinal, elas atrapalham a produção agrícola desde a semeadura até a pós-colheita. Os gorgulhos, por exemplo, podem botar ovos até mesmo em grãos já armazenados, como espigas de milho.
A infestação de plantas invasoras também pode dificultar bastante a colheita, uma vez que as ervas daninhas ocupam bastante espaço e atrasam todo o trabalho realizado pelo maquinário, além de aumentar os custos com combustível e manutenção das máquinas. Além disso, infestações de plantas favorecem o ataque e a procriação de insetos.
Outro problema enfrentado pelo produtor diz respeito às perdas provocadas pela colheita mecanizada mal planejada. Um dos erros mais comuns nessa etapa é aumentar a velocidade da colhedora para realizar o trabalho em menor tempo e, assim, danificar os grãos e provocar perdas.
Também são erros comuns nessa etapa a regulagem inadequada das máquinas (desde o corte até a calibragem dos pneus) e a falta de planejamento de manutenção do maquinário.
Em seguida, já no momento de pós-colheita, muitos produtores ainda perdem quantidades significantes de sua produção no armazenamento e no transporte. A Embrapa Milho e Sorgo, centro de pesquisa que coordena o projeto “Segurança Alimentar na agricultura familiar: qualidade do milho armazenado na região central de Minas Gerais e Estratégias alternativas de controle de contaminantes”, alerta, inclusive, que insetos-praga, fungos, micotoxinas e ataques de roedores podem causar a perda de 15% dos grãos armazenados.
No caso dos fungos, a contaminação pode começar ainda no campo, especialmente na fase de maturação fisiológica do grão. Em seguida, ainda passa por etapas como colheita, secagem, armazenamento, transporte e processamento.
Já em relação ao transporte, as perdas podem ser causadas pelos mais diversos fatores, desde a falta de cuidado no momento de colocar a carga nos caminhões até as más condições de estradas. O problema é tão grave que, segundo a Confederação Nacional de Agricultura, o prejuízo com o derrame de grãos durante o transporte rodoviário chega a R$ 2,7 bilhões a cada safra.
Agricultura de precisão x Perda da Colheita
O trabalho de redução de perda das colheitas tem a Sensix como uma importante aliada, isso porque a tecnologia disponibilizada pela startup pode diminuir consideravelmente o volume perdido desde a pré-colheita até a pós-colheita.
Para alcançar resultados tão significativos, a Sensix utiliza a Agricultura de Precisão (AP), que se baseia no uso de um conjunto de técnicas e tecnologias para aumentar a produtividade e reduzir os danos ambientais, sem nenhum prejuízo à qualidade.
No caso da pré-colheita, a Agricultura de Precisão é capaz de fazer um mapeamento completo da área do plantio, para assim identificar as características de cada local e definir como será feita a preparação do solo para que possa receber a semeadura. Nesse momento, muitos problemas com pragas já são solucionados, enquanto outros, bastante amenizados.
A AP também possibilita um acompanhamento em tempo real da evolução da lavoura, além de disponibilizar técnicas mais eficientes de plantio e colheita.
Dentre as tecnologias utilizadas nessas etapas estão o piloto automático (que diminui consideravelmente o volume de grãos danificados), os drones para mapeamento da lavoura (que auxilia no acompanhamento da produção em tempo real, além de facilitar processos como a irrigação), taxa variável, estações meteorológicas, softwares de gestão agrícola, ferramentas de estimativa de produtividade, entre outros.
Com isso, o produtor alcança resultados muito melhores na pré-colheita, colheita e até mesmo na pós-colheita, já que a Agricultura de Precisão também busca proteger os grãos de insetos-praga, fungos, micotoxinas e ataques de roedores. No caso de armazéns, no entanto, é essencial que o produtor não deixe de se atentar a questões referentes à temperatura e à umidade nesses locais, afinal, esses aspectos também são importantes para manter a qualidade dos produtos.
Por fim, no que se refere ao transporte, o produtor deve buscar profissionais de confiança, que consigam fazer as viagens em tempo hábil, mas com bastante zelo no transporte. Ao manter todos esses cuidados, o produtor terá uma perda mínima em sua colheita e, assim, alcançará resultados cada vez mais expressivos, não só em quantidade, mas também em qualidade.
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Conclusão
A perda de colheita é uma preocupação enorme para os produtores, especialmente porque ocorre em diferentes etapas da produção e, assim, gera prejuízos consideráveis. Para amenizar os problemas na pré-colheita (como pragas e infestação de plantas invasoras), na colheita (como colheita mecanizada mal planejada, regulagem inadequada das máquinas e a falta de planejamento de manutenção do maquinário) e na pós-colheita (como insetos-praga, fungos, micotoxinas e ataques de roedores em armazéns e transporte inadequado), a Agricultura de Precisão (AP) é uma importante aliada do produtor rural.
Isso porque oferece diversas técnicas e tecnologias que facilitam o dia a dia do produtor rural em todas as etapas do seu trabalho, desde a análise do solo até a pós-colheita. Com a AP, o produtor consegue acompanhar em tempo real sua lavoura, combater pragas e ter plantios e colheitas mecanizados, realizados com bastante precisão.
A partir desse trabalho, é possível reduzir consideravelmente a perda da lavoura, aumentar a qualidade dos produtos e reduzir os impactos ambientais, o que evidencia, mais uma vez, a eficiência e a importância da Agricultura de Precisão para o setor.
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