Primeiros resultados do café mineiro: saiba tudo sobre o projeto da Epamig e da Embrapa Café

O projeto Validação de cultivares de cafeeiros e transferência de tecnologias para as regiões cafeeiras de Minas Gerais da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da Embrapa Café já apresentou os primeiros resultados. 

Com o objetivo de avaliar o desempenho dessas novas cultivares de café, unidades demonstrativas foram plantadas e pesquisadores da e da Embrapa Café estão realizando giros tecnológicos para criar uma estimativa de safra e do potencial produtivo das cultivares plantadas.

Neste primeiro semestre de 2024, cinco dias de campo são previstos, sendo que o primeiro já aconteceu em São Roque de Minas, na região da Serra da Canastra. Outros dois devem acontecer em abril na Matas de Minas e Campo das Vertentes e os dois restantes em maio, no Noroeste e Sul de Minas. 

Saiba mais sobre esse projeto no artigo abaixo. Boa leitura!

Primeiros resultados do café mineiro

Como o projeto tem vigência de 4 anos, a ideia é fazer esses encontros nas regiões escolhidas para plantação, para assim, ter dados do desempenho dessas novas cultivares. 

Desse modo, esses primeiros dias de campo são para analisar e avaliar as plantas já com café, em fase de produção, como informa o pesquisador da Epamig, Gladyston Carvalho, coordenador do projeto.

O encontro realizado na Serra da Canastra em 28 de fevereiro de 2024 foi dividido em duas partes, sendo a primeira uma rodada de palestras sobre mercado de café e a estrutura da Agricultura de Precisão Agrícola. Isso porque, a AP é a técnica responsável pela condução das unidades em São Roque de Minas e Medeiros. Já a segunda parte foi em campo e foi feito um giro pelas áreas de café para conferir a evolução do café plantado.  

E, como as projeções são para a safra 2023/2024, já que a colheita de 2024 ainda não aconteceu, os pesquisadores conseguiram uma safra com 18 meses e já estão preparando a segunda colheita. 

Por usarem um sistema de manejo diferenciado e próprio do projeto, os resultados foram muito bons, pois, o potencial produtivo foi de cerca de 50 sacas para as cultivares menos produtivas e até 100 sacas por hectare.

Como funciona o projeto Validação de cultivares de cafeeiros e transferência de tecnologias para as regiões cafeeiras de Minas Gerais

Com o apoio financeiro da Fapemig / Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e do Consórcio de Pesquisa do Café, o projeto é conduzido pelos pesquisadores da Epamig e Embrapa Café.

Como falamos acima, o objetivo é buscar variedades de café mais adequadas às diferentes condições de clima, solo e relevo de várias regiões de Minas Gerais. As plantações de 42 unidades demonstrativas começaram entre 2021 e 2022 em 41 municípios das regiões Sul, Sudoeste, Oeste, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Vale do Rio Doce, Vale do Jequitinhonha, Norte, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

Cada uma das propriedades participantes realizou o plantio de 1,6 mil mudas produzidas a partir de sementes qualificadas selecionadas pela equipe do projeto. E, por mais que o trabalho esteja no início, as expectativas são excelentes, principalmente por causa da parceria entre empresas, agricultores e  uso de tecnologias. 

Cenário do café mineiro em 2023

No ano passado, a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) conquistou recorde de exportações de café em 2023, com números vistos anteriormente apenas em 2020. 

Foram registradas mais de 310 mil sacas de 60 kg embarcadas, o que representa cerca de R$ 350 milhões. E, como a União Europeia é o principal destino, responsável por 40% das compras, a China (15,5%), o Japão (12,9%), o Reino Unido (8%) e os Estados Unidos (7,3%) também têm sua parcela nos valores das exportações do café mineiro.

Além disso, a qualidade do café mineiro é algo que chama atenção para o setor, assim, desenvolver novos cultivares é uma forma de investimento precisa e assertiva.

Portanto, diante do apresentado, pensar em formas tecnológicas e precisas de desenvolver novos cultivares é o nosso presente e o nosso futuro, por isso é importante se abrir ao novo e investir em inovação.

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