Utilizar parasitóides de ovos para o manejo de lagartas nas lavouras de soja e milho é uma alternativa viável e sustentável de controle biológico que vem ganhando a adesão de vários agricultores brasileiros.
Pois, com o uso desse manejo é possível controlar a praga, evitar prejuízos econômicos e reduzir o uso de inseticidas químicos. Além de ajudar o meio ambiente a seguir seu curso natural.
Nesse contexto, a Embrapa Soja vem desenvolvendo estratégias de controle biológico e um desses estudos é sobre o uso de parasitóides de ovos no manejo de lagartas da soja e do milho.
Desse modo, abaixo vamos te mostrar as principais orientações do Comunicado Técnico 110, que traz orientações detalhadas de como usar parasitóides de ovos, para manejar lagartas na soja e milho.
Boa leitura!
Como funciona o uso de parasitóides de ovos no manejo de lagartas da soja e do milho?
Conhecidos popularmente como vespinhas, os parasitóides de ovos são algumas espécies de insetos, que seus adultos, de vida livre, vão depositar seus ovos dentro de ovos de outras espécies de insetos (ovos das pragas).
Ou seja, dentro do ovo do parasitoide vai se desenvolver uma larva que vai literalmente comer o ovo da praga por dentro, matando-o. Assim, o manejo terá sucesso, pois o controle da praga vai ser feito e essa larva que nasce vai ajudar a reduzir o crescimento da população de pragas no campo.
Naturalmente, esses parasitóides de ovos usados no manejo são predadores das pragas, como a lagarta. Porém eles ocorrem em quantidade insuficiente para evitar que as pragas criem infestação nas lavouras. Desse modo, é necessário intervir. Muitos usam inseticidas, porém, o melhor é o controle biológico da lagarta.
E, é aqui que entra a atuação da Embrapa Soja, pois, para se fazer o controle biológico é necessário pesquisas, testes e claro, etapas obrigatórias para se ter sucesso.
Os estudos da Embrapa Soja sobre o uso de parasitóides de ovos no manejo de lagartas
A pesquisa científica e os estudos do órgão, buscou, desde o começo, o desenvolvimento de metodologias para que esses insetos “do bem” possam ser criados massivamente em biofábricas.
Pois, como eles serão liberados no ambiente, é necessário que eles atuem de forma rápida e eficiente. Seja para controlar a população das pragas, quanto para reduzir o uso de inseticidas, que agridem a cultura e o meio ambiente em doses altas.
Dessa forma, para fazer o manejo de lagartas nas culturas da soja e milho, duas espécies de parasitóides de ovos são mais promissoras: a Trichogramma pretiosum e a Telenomus remus.
Recomendações da Embrapa Soja para o controle biológico da lagarta na soja e no milho
Como falamos acima, para que esse manejo biológico tenha sucesso é necessário seguir métodos e recomendações. Por isso, a Embrapa Soja criou o Comunicado Técnico 110. Nele, os produtores encontram alguns cuidados importantes, como a importância de que os parasitóides de ovos sejam sempre usados em áreas que tenham a adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP).
Pois, como ele é um organismo vivo que está sendo liberado na lavoura, a adoção do MIP garante um ambiente mais equilibrado, devido a um uso racional de inseticidas químicos que só é aplicado apenas quando realmente é necessário. Ou seja, já se usa na plantação produtos mais seguros e menos impactantes aos organismos benéficos.
Desse modo, a utilização de parasitóides de ovos em lavouras no manejo de lagartas de soja e milho se torna uma alternativa viável e disponível ao agricultor brasileiro. Por exemplo, no Paraná, a adoção do MIP-Soja permitiu a redução no uso de inseticidas químicos em lavouras de até 50%.
Nesse sentido, podemos dizer que esse tipo de controle biológico é mais uma tecnologia a favor do agronegócio e do meio ambiente. Contudo é necessário seguir as orientações para obter resultados relevantes.
Para ler o Comunicado Técnico 110 na íntegra e acessar as recomendações em uma riqueza maior de detalhes, é só explorar esse material aqui.
Agora, se você quer conhecer mais sobre controle de pragas biológico, saiba mais aqui!
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