Uma reunião extraordinária realizada pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na última segunda-feira (8), determinou de forma unânime que os defensivos agrícolas feitos à base do fungicida carbendazim estão proibidos no Brasil de forma definitiva.
A medida confirma a determinação anterior da própria Anvisa, quando em junho, a agência havia sido responsável por medida cautelar que suspendia temporariamente o carbendazim. Vale ressaltar que essa decisão foi tomada em meio ao processo de revalidação do defensivo agrícola.
De acordo com as informações, a proibição definitiva do carbendazim foi validado pelos quatros diretores que participaram da reunião de segunda-feira, onde o relator do processo sobre o defensivo agrícola Alex Machado Campos, votou “sim” pela proibição do uso do produto para fins agrícolas no país. Ele teve a validação em seguido de Romison Rodrigues Mota, Meiruze Sousa Freitas e pelo diretor-presidente Antônio Barra Torres.
Segundo as autoridades, o carbendazim apresenta riscos à saúde humana, sobretudo aos produtores rurais que o manipulam em meio às propriedades rurais.
Próximos passo
A deliberação emitida na última segunda-feira cumpre a determinação judicial que deu o prazo de 60 dias para que a Anvisa concluísse o procedimento. Entretanto, a eliminação do produto será gradual uma vez que ele é largamente utilizado por agricultores brasileiros nas plantações de feijão, arroz, soja e de outros importantes produtos agrícolas.
A agência reguladora informou ainda que o carbendazim está entre os 20 agrotóxicos mais utilizados no Brasil.
Efeitos colaterais do defensivo
Segundo a Anvisa, o carbendazim foi proibido devido ao seu potencial de causar mutagenicidade, toxicidade para a fisiologia reprodutiva e toxicidade para o desenvolvimento embriofetal e neonatal. A agência afirmou ainda considerar ser impossível determinar os limites seguros de exposição humana para esses desfechos toxicológicos.
A decisão de permitir a descontinuação do uso do carbendazim ao longo de 12 meses foi tomada com aval do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que considerou que o esgotamento dos estoques seria a opção de menor impacto ambiental.
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