As análises de solo são a próxima etapa da amostragem de solo, depois que a porção de solo é encaminhada para o laboratório, ela é submetida a diferentes tratamentos químicos e ou físicos para determinar suas propriedades e valores que auxiliam a entender os níveis de fertilidade de sua área.
Existem alguns momentos em que você pode realizar a análise de solo, porém o mais indicado é que seja feita antes da implantação, desta forma, sem correria você é capaz de determinar as aplicações de calagem, gessagem e adubação seguindo os níveis de nutrientes presentes no resultado de sua análise. Para isso é sempre muito importante estar em dia com sua análise, pois cada cultura demanda de alguns nutrientes mais que outros, gerando assim ao final de sua safra um déficit que precisa ser corrigido até a instalação da próxima cultura.
Hoje no mercado você irá encontrar dois tipos de análises disponíveis para seu solo, elas são, análise química e física. A análise química indica os valores relacionados a fertilidade, como a acidez e os valores dos nutrientes presentes na amostra. A análise física determina valores de areia, silte e argila, bem como sua textura, vale lembrar que não é necessário realizar mais que uma vez essa análise, pois esses valores alteram pouco com o passar dos anos.
É realmente muito interessante a importância dos valores que a análise levanta, não é mesmo?
Uma boa análise vai depender da qualidade que a amostragem foi realizada, por exemplo, caso a área não tenha sido limpa adequadamente e detritos estejam presentes nessa amostra, eles irão interferir nos resultados, e gerar um efeito dominó, no fim você terá um resultado apenas parcial da sua área, pois ele não conterá os valores reais dos nutrientes presentes, influenciando na quantidade de calagem, gessagem e na adubação que o produtor irá precisar para corrigir seu solo, levando a outros fatores que geram toxicidade para a cultura que irá ser cultivada. Mas isso é assunto para outro artigo, então não perca as próximas postagens!
A análise física do solo, também conhecida como análise granulométrica ou textural, como mencionado, informa a partir dos valores de areia, silte e argila a textura do solo, porém para auxiliar no entendimento desse valores e em como cruzar essas informações para chegar no resultado mais preciso, os pesquisadores da área de solos desenvolveram o Triângulo que determina a textura do solo a partir dos resultados da análise.
Na imagem acima apresentamos um exemplo prático de como utilizar corretamente o Triângulo Textural. Nesta análise física fictícia foram obtidas as porcentagens de areia, silte e argila respectivamente, 30%, 40% e 60%. O próximo passo é seguir as linhas que cada valor possui, como mostram as setas vermelhas, cruzando essas setas é possível chegar em um quadrante, que por sua vez, irá te indicar qual a textura do seu solo. Neste caso a textura deste solo com as porcentagens mencionada é Franco Argiloso.
Até aqui tudo bem tranquilo, certo?! Vamos entender um pouco mais sobre a análise química.
A análise química está relacionada com a fertilidade desse solo, e como resultado ela fornece um laudo da situação real, possibilitando uma tomada de decisão mais precisa para realizar a calagem, gessagem e a adubação, como mencionado anteriormente.
Neste exemplo é possível visualizar todos os resultados disponíveis na análise e com base neles definir as estratégias para um excelente programa de fertilidade.
Saber interpretar corretamente esse laudo é fundamental para um bom desenvolvimento da cultura, e mais que isso, é garantir os primeiros passos de uma safra de qualidade. Por isso tenha sempre um Engenheiro Agrônomo por perto para te auxiliar, ele é o profissional responsável por interpretar corretamente e indicar quais as melhores medidas devem ser tomadas.
A tabela acima é usada para auxiliar na interpretação dos resultados disponibilizados pela análise química, ela é dividida em duas categorias determinadas pela CTC (Capacidade de Troca Catiônica), de uma forma geral esse valor pode ser obtido pela somatória da Soma de Bases (SB) + Al + H, todos esses valores são exemplificados na Figura 2.
Agora com todas as informações em mãos e a consulta de seu Engenheiro Agrônomo você será capaz de tomar as melhores decisões possíveis, priorizando a qualidade e sua produção. Lembre-se, esses são os primeiros passos para uma safra de sucesso, então vale muito a pena investir seu tempo e recursos financeiros, para garantir um inicio com o pé direito e colher o melhor que a cultura tem para te oferecer.
Você já analisou algum laudo de análise química ou física? Conseguiu interpretar corretamente?
Deixe aqui nos comentários, quero saber mais sobre sua experiência!
Fiquem ligados para mais novidades e não percam as próximas postagens com conteúdo exclusivo!!
Pingback: Lei do mínimo: Como encontrar o equilíbrio na fertilidade do solo? - Sensix Blog
Pingback: Coletas de Solo: Como realizar boas práticas - Sensix Blog