Certificação do café: como a tecnologia pode ser uma aliada nesse processo?

Atualmente os critérios de compra dos consumidores estão mais exigentes, desde a informação de onde o alimento vem, até mesmo se é um produto premium com certificações. E, com o café não é diferente. Ou seja, a certificação do café traz diversas vantagens para os produtores e, sim, gasta-se mais com investimento, porém, o lucro, na hora da venda, compensa a curto e longo prazo.

E, além disso, os produtores têm mais um aliado nessa jornada de certificações: a tecnologia.

Pensando nisso, abaixo produzimos um conteúdo completo sobre a certificação do café, quais as vantagens e como a tecnologia pode simplificar e ajudar os produtores a oferecerem produtos dentro dos parâmetros ideais de qualidade. Boa leitura!

Como funciona a certificação do café?

Como o café é um produto de luxo em alguns países, para que os produtores brasileiros consigam produzir uma safra de qualidade, alguns processos devem ser seguidos à risca. Desse modo, as certificações são concedidas apenas às fazendas que, após auditorias, apresentam qualidade e utilizam procedimentos de monitoramento realizados por entidades especializadas. 

Ou seja, as entidades levam em consideração características físicas dos grãos, como origem, variedade, cor e tamanho, e, as condições da mão de obra produtora do café. Além disso, todas as informações e métodos utilizados, desde a semeadura até a pós-colheita, devem ser registrados para assegurar a qualidade do grão, comprovar a produção economicamente sustentável e claro, servir de análise das entidades que dão as certificações.

Quais são as principais categorias de certificação do café?

O Brasil é o maior produtor e exportador de café para o mundo inteiro, fazendo com que o país seja destaque internacional na produção do grão e à frente de países da América do Sul, América Central, África e Ásia, segundo a Organização Internacional do Café.

E, como essa história de hegemonia do café já dura mais de 150 anos, existem padrões diferentes de certificação. Afinal, cada uma leva em consideração uma especificidade da cafeicultura brasileira.

Abaixo separamos as principais, são elas:

  • Café gourmet: feito a partir de grãos de café arábica, o café gourmet tem qualidade superior e sua produção conta com o incentivo da International Coffee Organization (IOC).
  • Café de origem certificada: o pré-requisito dessa certificação é que os atributos de qualidade do café sejam particulares da região onde ele é plantado. Dessa forma, a produção deve ser monitorada e a certificação assegura a veracidade da origem.
  • Café orgânico: para se ter uma certificação de café orgânico, o produtor deve assegurar que o café foi produzido de acordo com as normas de produção orgânica. Nesse caso, a produção também deve ser monitorada.
  • Café fair trade: Essa certificação é utilizada em países desenvolvidos que dá, para consumidores dispostos a pagar mais pelo café de pequenos agricultores, a garantia de que o produto foi produzido em condições sociais e ambientais positivas. Ou seja, para comprovar a produção ESG é necessário monitorar a produção do café. 
  • Rainforest Alliance Certified: no mesmo caminho da certificação anterior, a Rainforest Alliance Certified garante que as empresas produtoras tenham rigorosos padrões de sustentabilidade e que não praticam o desmatamento. Para garantir o selo, a produção deve ser monitorada, além de que, o histórico da empresa deve ser impecável.
  • UTZ Certified: A UTZ Certified é um programa mundial de certificação para a produção e o fornecimento de café responsável. Isso quer dizer que o programa oferece segurança para toda a cadeia de produção e fornecimento do café pelos mercados competitivos. 
  • Certifica Minas Café: O Programa de Certificação de Propriedades Cafeeiras Mineiras tem como objetivo atestar a conformidade das propriedades produtoras de café com as exigências do comércio mundial. Ou seja, o programa possibilita a consolidação do café mineiro no mundo e em novos mercados. Executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e pela Emater-MG, para participar do Certifica Minas Café é preciso incluir a propriedade no processo de certificação e o produtor deve procurar o escritório da Emater-MG do seu município.

Benefícios das certificações do café

Além de conquistar mercados novos e lucrar mais, mesmo com um aumento inicial no investimento, a certificação é benéfica para os produtores, porque eles vão conseguir safras com qualidade elevada, podendo entrar em mercados nichados nunca imaginados e, claro, lucrar mais com o grão, pois ele passou por processos minuciosos de certificação e tem a qualidade garantida.

Além disso, os consumidores saem em vantagem também, pois eles vão consumir produtos premiums, vistoriados e de qualidade comprovada. 

Como a tecnologia pode ajudar os produtores a conseguir as certificações do café?

Com o avanço tecnológico, hoje, já é possível encontrar no mercado, tecnologias desenvolvidas exclusivamente para ajudar a manter os produtos dentro dos parâmetros de qualidade necessários para obter a certificação.

Sim! O agronegócio está tão modernizado que existem ferramentas tecnológicas que monitoram a fertilidade do solo, aplica defensivos no tempo certo e na quantidade certa, sensores que mandam alertas ao pequeno sinal de doença e pragas, estresse hídrico, possíveis chuvas fora de hora e por aí vai.

Ou seja, a tecnologia ajuda a manter a qualidade do café, desde a semeadura até a colheita, ajuda na rastreabilização do produto e também na adoção de processos mais econômicos e sustentáveis.

Portanto, contar com um aliado que vai te garantir uma certificação e mantê-la é imprescindível para se ter sucesso na produção de café.

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