As agtechs vem movimentando o setor do agronegócio no Brasil, segundo o estudo do Radar Agtech Brasil 2023, fechamos o ano com 1953 startups atuando no agro, o que representa 14,7% a mais de empresas em relação ao ano de 2022, de acordo com o levantamento realizado pela Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens Research and Consulting.
Ou seja, o cenário para 2024 é de crescimento no setor, principalmente para a abertura de novas empresas de tecnologia voltadas para o campo baseadas em inteligência artificial, IOT (Internet das Coisas), automação, digitalização, machine learning, aumento da conectividade e do uso de sensores.
Portanto, se você é empreendedor e tem uma ideia inovadora para o agronegócio, continue lendo este artigo, agora, se você é produtor, este artigo também é para você, continue lendo e conheça quais os diferenciais das agtechs e quais investir em 2024.
O que é Agtechs?
Também conhecidas como agrotech, esse tipo de empresa é uma startup que tem como foco o agronegócio e o uso de tecnologia no campo. Ou seja, os objetivos das agtechs é levar soluções tecnológicas para problemas e desafios do agro, seja relacionados a técnicas de agricultura em si, como também concessão de crédito para agricultores.
Segundo o AgTech Report 2023, na América Latina são 769 agrotechs atuantes, sendo 76,5% registradas no Brasil. Grande parte delas (74%) oferecem soluções B2B (atuam dentro do campo) e as do setor financeiro estão em ascensão.
Quais são as vantagens de contratar uma Agtech?
Além do benefício de automatizar e levar inovação para o agronegócio, as agtechs atuam:
- Otimização do uso de recursos e redução de desperdícios;
- Automação de tarefas;
- Aumento de produtividade;
- Previsibilidade para os negócios;
- Gestão de custos;
- Inovação contínua no setor;
- Driblar as condições climáticas;
- Digitalização de processos manuais;
- Maior rendimento da safra;
- Implantação do uso de dados para decisões mais assertivas;
- Adoção de práticas mais sustentáveis.
Quais são as tecnologias que estão impulsionando o setor das agtechs?
Como falamos acima, aqui no Brasil as agtechs são voltadas para o mercado B2B e suas soluções abrangem tanto as tecnologias da Agricultura 4.0, com o uso de dispositivos IoT e imagens de satélite e da Agricultura 5.0, como a vinda da inteligência artificial e modelos estatísticos.
O que representa um salto evolucional grande para o Brasil e para as lavouras, pois essas tecnologias prezam pela qualidade, sustentabilidade, redução de custos e claro, aumento de produtividade.
Abaixo separamos as principais tecnologias oferecidas pelas agrotechs e como elas atuam, confira!
Concessão de crédito financeiro
Como falamos acima, um setor das agtechs que vem tendo destaque é o financeiro, pois financiar o agronegócio não é para qualquer um.
Desse modo, para que os produtores tenham acesso a essas tecnologias e possam usufruir dos benefícios, solicitar uma concessão de crédito em um banco tradicional pode ser muito moroso e é aí que entram as agrotechs, pois elas fornecem soluções financeiras exclusivamente para o agronegócio e conseguem a liberação do crédito em até 48 horas.
Internet das Coisas (IoT) para otimizar a produção
Outra tecnologia que vem ganhando destaque é a Internet das Coisas (IoT), pois sua atuação no agronegócio oferece para o produtor um plantio mais produtivo, sustentável e rentável.
Isso quer dizer que , a partir da IoT, os produtores podem coletar e analisar dados em tempo real sobre suas operações, o que pode ajudá-los a tomar decisões mais assertivas sobre as lavouras e como melhorar a produtividade.
Por exemplo, é possível usar dados de sensores para identificar áreas de baixa fertilidade do solo ou de irrigação e resolver o problema com técnicas da Agricultura de Precisão.
Uso de drones para eficiência operacional
Também conhecidos como VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), os drones são essenciais para monitorar o campo e mapear grandes áreas. Com esses dados, é possível ter uma maior eficiência operacional na aplicação de insumos, minimizar o uso de fertilizantes e agrotóxicos, detectar pragas, doenças e falhas no plantio com antecedência… Tudo isso com base nas imagens capturadas por eles.
Ou seja, contar com agrotechs que tem o serviço de drones é uma excelente opção para o cenário de 2024.
Inteligência artificial para análise de dados
Outra tecnologia que é essencial nas agtechs é o uso inteligência artificial (IA), pois, além das diferentes aplicações no campo (desde a genotipagem para cultivo até equipamentos agrícolas automatizados) é a IA que analisa os dados, traz insights valiosos e automatiza atividades rotineiras.
Desse modo, com agrotechs que usam IA fica mais fácil “ler” os dados, tomar decisões mais assertivas, poupar recursos e aumentar a produtividade do campo.
Quais são os principais desafios das Agtechs?
Por mais que esse setor esteja em crescimento, um dos maiores desafios das agtechs é a conectividade no campo, já que cerca de 73% das propriedades rurais estão desconectadas da internet, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Ou seja, sem conectividade é quase que impossível oferecer soluções tecnológicas e executá-las, por isso, antes de contratar algum parceiro, faça um plano de ação para ter internet na lavoura.
Outro grande desafio enfrentado pelas agrotechs é a resistência por parte dos produtores rurais na adoção de novas tecnologias, pois, além de ser um investimento alto e ter inúmeros benefícios para o campo, muitos não sabem lidar com as tecnologias e acabam por não se interessar nesse tipo de solução, o que representa um atraso para o país e para o agronegócio como um todo.
Nesses casos é necessário se informar, testar e ter uma equipe de apoio para fazer da implantação das agtechs ser algo natural e sem desconfianças.
Como as agtechs ajudam na sustentabilidade?
A sustentabilidade ambiental é uma das grandes preocupações do agronegócio, pois nossos recursos não são vitalícios e é preciso começar a abandonar práticas antiquadas e dar espaço para aquelas que cuidam do meio ambiente.
Nesse sentido, as agrotechs por serem empresas que encontram meios de otimizar o setor por meio da tecnologia, acabam por apresentar ao mercado práticas que preservam a natureza.
Por exemplo, com a otimização de rotinas, redução de desperdícios e análises mais acertadas dos processos, as chances de diminuir os impactos ambientais é maior do que 50%. Ou seja, o meio ambiente ganha com a adoção da tecnologia e o agronegócio se torna mais sustentável e alinhado às tendências globais.
O que é bom para os agricultores, para o Brasil e para a natureza!
Portanto, o cenário para 2024 das agrotechs é de crescimento, maior adoção por parte dos produtores e aquecimento do mercado, já que essa é a realidade mundial e traz benefícios para o agro e para a economia brasileira.
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