Cada vez mais a adoção de práticas sustentáveis tem proporcionado benefícios não apenas ao meio ambiente, mas também ao bolso do produtor, afinal, diversas iniciativas vêm surgindo nos últimos anos, com o objetivo de propor importantes mudanças na maneira em que se produz.
Um bom exemplo disso são as práticas ESG, sigla para Environmental, Social and Governance, ou, em uma adaptação para o português, sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa. Essas políticas são cada vez mais usuais e têm pautado as decisões no mercado de crédito no agronegócio, de modo que os produtores rurais que trabalham de maneira sustentável têm recebido maior visibilidade, inclusive no momento de conseguir crédito.
Uma iniciativa da Serasa Experian demonstra muito bem isso na prática, isso porque, além de fornecer informações confiáveis ao mercado e às instituições financeiras, a empresa tem dado apoio à jornada de crédito dos produtores, algo de grande relevância, uma vez que boa parte da produção brasileira passa pelas análises de risco da Serasa Experian. Não por acaso, considerando todas as culturas, a companhia já realizou avaliações socioambientais e de crédito de mais de 3 milhões de produtores, além de 100 mil propriedades rurais.
A novidade é que, para promover essas avaliações, a empresa desenvolveu o Agro Score e o Score ESG, soluções que avaliam com precisão os riscos e, a partir disso, viabilizam a escalabilidade e geram parcerias seguras.
“Inserir mais gente no mercado de crédito agrícola para democratizá-lo é um dos nossos objetivos. A fim de viabilizar esse processo, combinamos soluções que levam ao credor uma análise de risco rápida e assertiva para que as propostas de acesso a recursos financeiros de qualidade possam, de fato, chegar aos produtores rurais”, explica o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.
O profissional também lembra que o Agro Score e o Score ESG são pontuações que se complementam. “Por exemplo, em um cenário real de mais de 15 mil produtores de café analisados, identificou-se que 89,7% deles estavam bem-posicionados em ambas as avaliações, considerando um ponto de corte de 600 para o Agro Score e de 400 para Score ESG”, diz.
“Ainda assim, também existem 1,6% de produtores que se posicionam bem na avaliação do Agro Score, mas não na do Score ESG. Ou seja, aproximadamente 90 em cada 100 produtores analisados naquela carteira de clientes são bons pagadores e seguem as práticas ESG, mas há outros dois que possuem bons perfis de risco de crédito e um mau perfil socioambiental”, ressalta.
Dessa forma, na prática, embora exista uma forte relação entre inadimplência e riscos ESG, uma parte dos produtores pode perder o acesso ao crédito neste momento em que as instituições financeiras passam a avaliar quesitos socioambientais.
Boa notícia para os produtores
Como destaca o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta “a solução, que ajuda a preencher a lacuna de informação que ainda existe nessa área, facilita ao setor agrícola a aquisição de um crédito de qualidade para financiar suas atividades e mitiga os riscos de concessão para os credores”.
“Com o modelo tradicional utilizado pelo mercado, cerca de 58,6% desses trabalhadores teriam acesso a um crédito de qualidade. Mas, quando utilizamos informações específicas do agronegócio para a análise, a expertise do Agro Score foi capaz de aumentar esse percentual para 82,4% deles”, diz Pimenta.
“Ou seja, para cada 1.000 produtores rurais, 586 estariam aptos ao crédito com o modelo comum de análise. Ao passo que, com o novo Score específico para o agronegócio, esse número cresce para 824”, enfatiza.
A novidade evidencia a necessidade de o setor ter análises tecnológicas customizadas para garantir negociações mais vantajosas no crédito agrícola. “A avaliação dessa solução é mais assertiva, pois são levados em consideração os riscos do comportamento financeiro do produtor no mercado e sua relação com inadimplência relacionada ao agronegócio”, lembra.
Números por região
Análise feita pela Serasa Experian demonstra que as regiões Norte (variação média de até 23,2%) e Nordeste (variação média de até 21,1%) são as mais beneficiadas pelo Agro Score, com variações médias de 23,2% e 21,1%, respectivamente. O Sudeste alcançou 20,9%, enquanto o Centro-Oeste, 20,3%, e o Sul, 15,3%.
Também de acordo com o estudo, os donos de propriedades rurais do Pará tiveram o melhor ganho, em termos de Score, marcando alta de até 26,8%. Em sequência está a Bahia, com aproximadamente 26%.
“O crédito rural tem sido fundamental para fomentar a produção agrícola e, cada vez, mais esse recurso é solicitado para dar suporte aos trabalhadores do campo no país. Com a combinação de dados em uma análise customizada, os produtores têm mais chances de acessar linhas de crédito com melhores taxas de juros e investir com segurança em insumos necessários para suas atividades rurais”, completa.
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Conclusão
Em um momento em que a atenção do mundo todo está voltada às questões ambientais, os produtores rurais têm sido incentivados a adotar novas práticas em seu dia a dia, a maioria realizada a partir das técnicas e tecnologias disponibilizadas pela Agricultura de Precisão (AP).
Nesse cenário, importantes iniciativas têm surgido todos os dias, como a inovação da Serasa Experian, que desenvolveu o Agro Score e o Score ESG para avaliar com precisão os riscos e, a partir disso, viabilizar a escalabilidade e gerar parcerias seguras.
A novidade já está em prática e considera, em sua análise, indicadores como o desempenho do produtor rural no mercado financeiro de cooperativas de crédito, comércio atacadista, indústrias do agronegócio, insumos, fertilizantes e maquinário agrícola.
A partir disso, a Serasa Experian já tem beneficiado produtores de todo o país, com destaque para aqueles que realmente fizeram das práticas ESG uma nova realidade em seu cotidiano.
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