Desde que se popularizou no Brasil, a Agricultura de Precisão (AP) tem sido essencial para que produtores alcancem melhores resultados no que se refere à produção e à redução dos impactos ambientais. Diante disso, são muitos os casos de sucesso em todo o país, por meio de iniciativas que destacam o uso da tecnologia no dia a dia no campo.
Um exemplo, sem dúvidas, é o Projeto Caminhos da Soja 2018, que consolidou as vitrines tecnológicas da Apta Regional de Itapetininga (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. A iniciativa busca, sobretudo, promover e reforçar a conscientização às mudanças climáticas, por meio da sustentabilidade dos agronegócios com sistemas integrados de produção.
A Unidade de Itapetininga atua como agregadora e irradiadora de inovações de produtos e processos, com capacidade para gerar e transferir conhecimentos e ações práticas voltados à sustentabilidade dos agronegócios de soja, milho e cereais de inverno, em sistema de plantio direto na palhada e a integração lavoura pecuária floresta na região do sudoeste Paulista.
“A partir dos seus resultados na safra 2020/2021, intensificamos a adoção de práticas regenerativa para o solo e todo ciclo das culturas de soja, trigo e sorgo, apoiado pelas tecnologias e ferramentas 4.0 para Agricultura de Precisão”, explica o pesquisador Carlos Frederico de Carvalho Rodrigues, diretor na Apta Regional de Itapetininga.
Graças à Agricultura de Precisão e regenerativa, a safra 2022/2023 alcançou a produtividade limite natural da variedade escolhida, sem irrigação complementar, com média de 80 sacas por hectare.
Como consequência e retorno social e ambiental, Frederico destaca a redução no uso de defensivos, uso racional de diesel e a boas práticas de trabalho como aspectos que contribuíram diretamente para a sustentabilidade dessas culturas com o menor impacto ambiental.
O diretor também destacou benefícios proporcionados pela iniciativa, que tem a Agricultura de Precisão como uma de suas bases. Entre eles estão “mais produtividade com menos custo e maior eficiência por meio da tecnologia, refletindo no crescimento econômico para municípios, com valor agregado pela sustentabilidade e incentivo de agricultura regenerativa e inclusiva”.
Agricultura de Precisão
Com novos conceitos, técnicas e vantagens, a Agricultura de Precisão (AP) é um sistema de gerenciamento agrícola que cresce em todo o país e proporciona inúmeros benefícios ao produtor rural.
Para isso, utiliza ferramentas que buscam acompanhar o processo de maneira precisa, ao coletar e analisar as informações por meio de tecnologias que facilitam a tomada de decisão pelos produtores e trabalhadores rurais, proporcionando maior controle sobre todo o processo produtivo e contribuindo para uma produção eficiente, lucrativa e sustentável.
A AP começou com as tecnologias das máquinas dotadas de receptores GPS e geração de mapas de produtividade, mas rapidamente avançou e hoje pode ser usada em todas as cadeias produtivas do setor agropecuário, com medidas de gestão adaptadas à realidade de cada produtor e ferramentas voltadas à otimização do uso de insumos e inovação permanente no campo.
Atualmente, segundo pesquisa desenvolvida pela IHS Markit com o apoio da AsBraAP (Associação Brasileira de Agricultura de Precisão e Digital), a AP já é utilizada por 66% dos produtores de algodão no Brasil, por 34% dos produtores de soja e 14% dos produtores de cana-de-açúcar.
Os números são positivos e demonstram que, de uma forma geral, a Agricultura de Precisão tem crescido no país. No entanto, ainda não tem seu potencial devidamente aproveitado, pois as tecnologias existentes na atualidade possibilitam resultados realmente grandiosos e, ao contrário do que ocorria anteriormente, hoje muitos dos equipamentos são acessíveis para pequenos e médios produtores.
Conclusão
Com um conjunto de tecnologias, desenvolvidas a partir de muita pesquisa, como drones, GPS, sistema de mapeamento de colheita, sensores de solo, entre outros, a Agricultura de Precisão (AP) é capaz de alcançar os melhores resultados possíveis não apenas no que se refere à produtividade ou ao lucro, mas também em relação ao meio ambiente.
Reduzir danos ambientais, inclusive, é uma das preocupações da AP, que vem provando nos últimos anos que é possível utilizar a tecnologia para aumentar a produtividade ao mesmo tempo que os danos ambientais e os custos de produção são reduzidos.
Não por acaso, muitas iniciativas têm sido um grande sucesso no país e transformado a realidade de produtores. Um exemplo é o Projeto Caminhos da Soja 2018, que consolidou as vitrines tecnológicas da Apta Regional de Itapetininga, ao promover e reforçar a conscientização às mudanças climáticas, por meio da sustentabilidade dos agronegócios com sistemas integrados de produção.
Graças à Agricultura de Precisão e regenerativa, a safra 2022/2023 alcançou a produtividade limite natural da variedade escolhida, sem irrigação complementar, com média de 80 sacas por hectare.
Os números evidenciam o potencial do uso das tecnologias da AP e indicam que ainda há muito espaço para o crescimento da Agricultura de Precisão em todo o país, pois os recursos ainda não são utilizados por todos os produtores que têm condições de implantá-los e, assim, aumentar a produtividade de suas lavouras a níveis nunca alcançados anteriormente.
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