As perdas de alimentos que ocorrem entre a colheita e a venda no varejo, também conhecidas como perdas pós-colheita, são um desafio fundamental que prejudica a segurança alimentar e a geração de renda em muitos países em desenvolvimento e que o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) está empenhado em atenuar.
A Série de Vantagens de Redução de Perdas de Alimentos ilustra os benefícios e retornos de investir na redução de perdas de alimentos para pequenos agricultores, baseando-se em exemplos práticos de programas do FIDA.
1. Acesso a programas de financiamento
Uma das principais restrições que impedem os pequenos produtores de reduzir suas perdas pós-colheita é a falta de meios financeiros para comprar instalações e equipamentos pós-colheita melhorados. Melhorar o acesso ao financiamento para pequenos agricultores, bem como para cooperativas de agricultores e médios produtores é fundamental para permitir que eles reduzam suas perdas de alimentos.
2. Ligar os agricultores aos mercados
Os agricultores não estão dispostos a investir e reduzir suas perdas de alimentos se não puderem vender seus produtos e obter lucro. Vincular produtores a mercados lucrativos é outro passo essencial para aumentar o investimento em atividades de redução de perdas de alimentos.
3. Melhorando o armazenamento de grãos na fazenda
Outro ponto importante a se destacar é com relação a falta de locais adequados de armazenamento da produção. Muitos lugares, principalmente me países em desenvolvimento, existe uma escassez de ambientes com tecnologias de armazenamento nas fazendas. As opções mais utilizadas (tambores metálicos e sacos herméticos) podem reduzir as perdas de grãos a quase zero se usadas corretamente, permitindo que os agricultores aumentem a disponibilidade de alimentos para consumo doméstico e venda.
4. Melhorando o equipamento de secagem de grãos
Nas cadeias de valor dos grãos, a maior parte das perdas em quantidade e qualidade ocorre durante o armazenamento e se deve à secagem inadequada dos grãos. Isso pode levar a danos causados por fungos e contaminação por aflatoxinas, duas das principais causas de perdas de grãos. Ajudar os agricultores e as organizações de agricultores a adquirir equipamentos de secagem aprimorados, desde lonas e coberturas simples, até equipamentos de secagem de grãos e abrigos que protegem da chuva são, em muitos casos, a chave para reduzir as perdas de alimentos.
5. Habilitando o armazenamento a frio para produtos frescos
Os níveis mais elevados de perdas ocorrem nas cadeias de valor dos produtos frescos, particularmente nas frutas e legumes, mas também no peixe, na carne e no leite. O calor é uma das principais causas de deterioração de produtos frescos, e a falta de equipamentos e infraestrutura da cadeia de frio leva a altos níveis de perdas nos países em desenvolvimento. Por isso é tão importante o apoio e o financiamento para que os produtores e comerciantes possam adquirir equipamentos de refrigeração acessíveis e adequados para o armazenamento e conservação de alimentos frescos.
6. Fortalecimento do transporte
Para os agricultores que vivem em áreas rurais remotas, a falta de infraestrutura de transporte talvez seja a maior limitação. Isso os impede de acessar os mercados, aumenta o tempo de transporte e aumenta o risco de danificar o produto. Melhorar a infraestrutura de transporte até a última milha pode ter um impacto significativo na redução dessas perdas de alimentos.
7. Construir armazenamento comercial
Os armazéns coletivos podem ser uma solução para os agricultores que carecem de meios para adquirir tecnologias de armazenamento na própria fazenda, visto que, os mesmo lhes permitam armazenar suas colheitas com segurança enquanto esperam o aumento dos preços. Com a crescente formalização dos programas de recebimento de armazéns nos países em desenvolvimento, isso pode se tornar uma área muito interessante que liga o armazenamento aprimorado ao aumento do acesso ao financiamento rural.
8. Treinamento de agricultores
Embora a falta de equipamento e infraestrutura seja uma limitação importante, a falta de conscientização e capacidade entre os pequenos agricultores não deve ser subestimada. A formação dos agricultores no manuseamento e armazenamento pós-colheita das culturas que manuseiam é fundamental para reduzir as perdas de alimentos. Por exemplo, habilidades em tempo de colheita, secagem de colheita, gerenciamento de umidade e armazenamento seguro são habilidades essenciais que muitos agricultores ainda não possuem.
9. O uso de dados
A falta de dados precisos sobre as causas e quantidades de perdas é outra limitação importante, pois impede o direcionamento preciso, avaliação e identificação de intervenções de redução de perdas de alimentos. Existem diferentes metodologias disponíveis para análise quantitativa e qualitativa das perdas da produção. Mas sabemos que acessar os dados, entretanto, não é garantia de que eles serão utilizados da forma mais eficiente possível, afinal, interpretá-los exige conhecimento técnico. Com o FieldScan, por exemplo, os produtores não vão ter esse tipo de problema, visto que, a Sensix disponibiliza uma plataforma onde todas as informações coletadas ficam dispostas de maneira clara, precisa e rica em recursos visuais. Na prática, isso faz toda a diferença, pois caso as informações sejam apresentadas de outra forma, muito do potencial da propriedade pode ser perdido, especialmente no que se refere ao aumento da produtividade e à correção de eventuais problemas encontrados em alguns talhões.
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10. Desenvolvimento de políticas
O apoio governamental é fundamental no processo de perda de alimentos pós-colheita, visto que, a criação de políticas públicas e de financiamento para pequenos e médios produtores faz toda a diferença no processo.
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