Existem diversos tipos de agricultura adotados no país, dentre eles, alguns sistemas usam tecnologias modernas, outros são mais tradicionais, mas um ponto todos têm em comum: o compromisso de produzir alimentos.
Considerada uma das atividades mais antigas da história, a agricultura (no latim, “arte de cultivar”) surgiu há mais de 12 mil anos e consiste na aplicação de diversas técnicas para produzir alimentos no solo.
No Brasil, além de ser um dos pilares econômicos do país, a agricultura se consolidou como uma das mais importantes do mundo, já que produz diversas culturas em larga escala.
Há de se lembrar, no entanto, que agricultura é um termo bastante amplo, já que existem diversas formas de produção, inclusive algumas que surgiram nos últimos anos, impulsionadas pelas novas tecnologias e pela crescente preocupação com o meio ambiente.
Hoje existem diversas subdivisões da agricultura no Brasil, sendo que as características das regiões e a dimensão territorial brasileira foram fundamentais para que a produção agrícola ganhasse novos métodos, fórmulas e tecnologias. As principais formas de agricultura são a moderna, a intensiva, a extensiva, a familiar, a patronal e a orgânica. Confira abaixo um pouco mais sobre cada uma delas:
Agricultura moderna
Provavelmente a forma mais recorrente de produção, a agricultura moderna é aquela que vem se desenvolvendo ao longo dos anos, sempre pautada nas evoluções nos sistemas de produção agrícola. Seu início data da Revolução Industrial e, desde então, a agricultura moderna tem se desenvolvido e se adequado.
Atualmente é muito bem representada pela Agricultura de Precisão (AP), que visa utilizar técnicas e novas tecnologias (como internet, satélites, softwares e dispositivos) para alcançar resultados cada vez melhores no que se refere à produtividade, sem deixar de lado a redução aos impactos ambientais.
Agricultura intensiva
Muitas vezes colocada até como um sinônimo da agricultura moderna, a agricultura intensiva também surgiu no século XIX, em meio ao crescimento da demanda mundial por alimentos. Suas principais características incluem o uso de maquinário, insumos e outras tecnologias para alcançar resultados cada vez mais expressivos no que se refere à produção.
As técnicas da agricultura intensiva foram aprimoradas ao longo dos anos, o que possibilitou que surgissem diversas maneiras de aumentar a produtividade sem esgotar o solo (algo que já foi recorrente na história da humanidade).
Agricultura extensiva
Bastante comum entre os pequenos produtores, a agricultura extensiva é, provavelmente, a mais básica entre todas, já que suas técnicas não recorrem ao uso de tecnologias. Esse tipo de agricultura, embora tenha custos muito mais baixos, nem sempre é indicado, pois a falta de investimentos resulta em uma produtividade muito menor. Para pequenos produtores, no entanto, pode ser uma excelente opção.
Agricultura familiar
Nos últimos anos, a agricultura familiar – sistema em que pessoas da mesma família trabalham na terra – tem conquistado um espaço cada vez maior no país e hoje se tornou o principal responsável pelo abastecimento do mercado nacional. Hoje, segundo o Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 77% das propriedades agrícolas do país utilizam o sistema de agricultura familiar.
Agricultura patronal
Os principais focos da agricultura patronal são o mercado interno e a exportação. Nessa forma de produção, cujo funcionamento se assemelha bastante com o de uma empresa, profissionais qualificados são contratados para todas as etapas da produção, visando, assim, lucros cada vez maiores.
Agricultura orgânica
Antes vista como uma tendência, a agricultura orgânica se desenvolveu e conquistou seu espaço no mercado. Seu foco está nos alimentos mais saudáveis, produzidos com quantidades reduzidas de defensivos agrícolas e fertilizantes. Com isso, a produção fica mais cara, mas seus benefícios à saúde e seu valor agregado (devido à base ecológica) permitem que os alimentos sejam comercializados a um preço mais elevado com certa facilidade.
Confira também nossa matéria falando sobre a Agricultura Regenerativa!
Conclusão
A agricultura brasileira desempenha um importante papel para a economia e para o abastecimento mundial de alimentos. A soja, o milho, o arroz, a cana-de-açúcar e o feijão são as culturas com maior área plantada no país e representaram, juntas, mais de 70% das lavouras brasileiras entre os anos de 1985 e 2017, segundo o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).
Em meio à importância da agricultura para o país e ao desenvolvimento de novas tecnologias, o setor passou a contar com algumas subdivisões, cada uma com suas próprias características e finalidades. A agricultura moderna, por exemplo, passou a englobar a Agricultura de Precisão (AP), ao passo que a agricultura intensiva se desenvolveu a partir do uso de novas tecnologias. Já a agricultura familiar e a agricultura orgânica ganharam espaços cada vez maiores no mercado e hoje são fundamentais para a economia e para o abastecimento de alimentos no país.
Dessa forma, fica evidente que existem muitas formas de agricultura e que cada uma tem a sua importância. Para escolher a opção mais adequada, cabe ao produtor levar em conta diversos fatores, como tamanho de sua propriedade, cultura que deseja produzir, disponibilidade de recursos e finalidade da produção.
Essa escolha deve ser feita após avaliar todas as possibilidades e conhecer a fundo as oportunidades e os desafios de cada tipo de agricultura. A partir disso, fica muito mais fácil para o produtor rural encaixar as formas de produção à sua realidade e, assim, contribuir com o fornecimento de alimentos à população.
Deixe um comentário