Os 10 maiores exportadores de fertilizantes do mundo detém o controle das importações desse insumo fundamental para a produção rural.
Por outro lado, o Brasil é um dos países que mais importam fertilizantes NPK do mundo. E por que fazemos isso? A princípio, nosso país tem pouquíssima produção de nutrição de fertilizantes e o custos para implantar fábricas no país é maior que de se importar.
Sendo assim, dependemos de outros países para suprir a alta demanda de fertilizantes, afinal, somos o 3° maior produtor de alimentos do mundo. Mas, de onde vem todo esse insumo? Leia a seguir e conheça os 10 maiores exportadores de fertilizantes do mundo:
Importância dos fertilizantes do solo
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a população mundial deve chegar a 8 milhões ainda em 2022. Definitivamente, é preciso ofertar muitos alimentos para alimentar tantas pessoas.
Por isso, grandes economias como o Brasil, por exemplo, tem se esforçado para aumentar sua produção de produtos agrícolas. Mas, para aumentar o cultivo de alimentos, é necessário ter um solo com condições favoráveis, rico em nutrientes e propício ao crescimento.
E é aí que entram os fertilizantes. Esses insumos fornecem às plantas os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, e existem dois tipos: os orgânicos e os minerais. Os fertilizantes minerais, importados pelo Brasil, já estão com os nutrientes na forma que as plantas absorvem.
Por fim, o uso de fertilizantes leva a um aumento expressivo da produtividade das culturas, melhorando a qualidade de alimentos e beneficiando a sustentabilidade econômica e ambiental.
Quais são os 10 maiores exportadores de fertilizantes do mundo?
Em 2021 foram exportados US$ 82,5 bilhões em fertilizantes por todos os países. Contudo, esse valor expressivo reflete um aumento médio de 60,9% para todos os produtores de fertilizantes no período de cinco anos a partir de 2017, quando as exportações totais de fertilizantes somaram US$ 51,3 bilhões.
De 2020 a 2021, o valor dos fertilizantes exportados aumentou em 48,4%.
Atualmente, os 6 maiores exportadores de fertilizantes são: Rússia, China, Canadá, Marrocos, Estados Unidos da América e Arábia Saudita. Coletivamente, esses principais fornecedores responderam por mais da metade (52,6%) dos fertilizantes exportados globalmente em 2021.
Além disso, há outros países que se destacam na exportação de NPK, veja o ranking completo:
- Rússia: US$ 12,5 bilhões (15,1% do total de fertilizantes exportados)
- China: US$ 10,9 bilhões (13,3%)
- Canadá: US$ 6,6 bilhões (8%)
- Marrocos: US$ 5,7 bilhões (6,9%)
- Estados Unidos: US$ 4,1 bilhões (4,9%)
- Arábia Saudita: US$ 3,6 bilhões (4,4%)
- Holanda: US$ 2,9 bilhões (3,5%)
- Bélgica: US$ 2,63 bilhões (3,2%)
- Omã: US$ 2,6 bilhões (3,1%)
- Catar: US$ 2,2 bilhões (2,6%)
De onde vem os fertilizantes que o Brasil consome?
O Brasil apresenta o maior déficit no comércio internacional de fertilizantes. Ou seja, importamos muito mais do que exportamos. Assim, num balanço, estamos com déficit na balança entre importação e exportação de fertilizantes de -US$ 14,9 bilhões, valor que aumentou 89,7% desde 2020.
Por outro lado, essa importação tão expressiva destaca a desvantagem competitiva do Brasil para essa categoria específica de produtos. Porém, sinaliza oportunidades para países fornecedores que ajudam a satisfazer a forte demanda. Logo, isso favorece até mesmo o relacionamento com outras economias.
Finalmente, vamos conferir de quem o Brasil mais importa minerais para fertilizar o solo?
Em resumo, em 2021 importamos em fertilizantes o total de:
- Rússia: 2,2 bilhões
- Canadá: 1,1 bilhões
- China: 706 milhões
- Marrocos: 687 milhões
- Estados Unidos: 666 milhões
- Belarus: 587 milhões
- Israel: 420 milhões
- Arábia Saudita: 374 milhões
- Alemanha: 373 milhões
- Catar: 314 milhões
Como o Brasil se relaciona com os maiores exportadores de fertilizantes do mundo:
A princípio, o relacionamento que o Brasil nutre com seus fornecedores de fertilizantes vai além da relação comprador e vendedor. Primordialmente, devido à dependência que temos desses países, mantemos contato frequente e diplomático com os fornecedores de NPK.
Nesse sentido, possuímos laços estreitos com os países árabes e com a Rússia, China, Canadá e Estados Unidos. Porém, recentemente ficamos numa “sinuca de bico” diante o conflito Rússia versus a Ucrânia, afinal, mesmo não compactuando com a guerra, precisamos do principal fornecedor de fertilizantes.
Além disso, atualmente os fertilizantes estão chegando em grandes volumes ao Brasil. Logo, as importações cresceram 16,6% no 1º semestre de 2022, comparado ao mesmo período do ano passado.
Mas, esse crescimento expressivo é causado pela antecipação das compras e das entregas, com produtores receosos quanto à escassez dos produtos no 2º semestre deste ano, em virtude da guerra.
Agora, se você deseja entender melhor sobre o cenário atual do mercado de fertilizantes, recomendamos que assista ao vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=gQwG3BezZks&t=273s
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