4 técnicas de plantio que podem aumentar a produção de alimentos sustentáveis

Pensar formas disruptivas ou incrementais de inovar no campo, sempre terá um impacto na vida da população. Por isso, cabe às empresas usar essas inovações para o bem de todos, sempre pensando em formas mais ecológicas e técnicas que plantio que podem aumentar a produção de alimentos sustentáveis e sem prejudicar o meio ambiente.

E, já que essa corrida sustentável é um desafio atual do mundo, abaixo separamos 4 formas de plantio que estão fazendo sucesso e podem revolucionar sua lavoura. Confira!

1 – Culturas resistentes ao clima

A crise climática é um dos problemas que o mundo enfrenta e uma das suas principais consequências é o aumento dos preços e a escassez de alimentos. Isso, sem falar da perda do valor nutricional em alguns casos.

Ou seja, é necessário pensar em formas de plantio que diminuam o nível de água potável. Pois, globalmente, de acordo com o Centro Internacional para Agricultura Biossalina (ICBA), mais de 1 bilhão de hectares de terra já estão degradados pela salinidade.

Isso quer dizer que, no futuro, as culturas deverão prosperar em solos salgados. Mas, como fazer isso? O pessoal da ICBA, que tem sede em Dubai, já identificou algumas culturas, como a tamareira, que são tolerantes ao sal.

Assim, essa planta comestível encontrada em várias partes do mundo, consegue se desenvolver na salmoura e os níveis de água utilizados para irrigação são baixos.

Além disso, o ICBA também está testando hidrogéis, gel que retém água e sistemas de irrigação superficial para diminuir o uso de água potável nas plantações. Por enquanto os resultados são positivos.

Portanto, pensar em formas de economizar água e lidar com a crise hídrica é um problema latente e não futurista.

2 – Agricultura de precisão

Adotar as técnicas de agricultura de precisão é uma maneira de facilitar a vida no campo. Pois, usando as ferramentas tecnológicas é possível que o produtor rural mapeie sua terra, encontre os pontos mais produtivos do solo, identifique os locais de incidência de pragas no início, prevê questões climáticas que podem prejudicar a lavoura e muitos outros benefícios.

Desse modo, a agricultura de precisão, também conhecida como agricultura inteligente ou digital, entrega dados e informações estratégicas que são essenciais para a produtividade no campo. 

Com esses dados os produtores conseguem diminuir custos, prejuízos e tomar decisões mais assertivas de investimentos. Além de, encontrarem formas de produzir de maneira mais sustentável.

Pois, como a AP é possível selecionar quais culturas vão prosperar melhor naquele local e como utilizar menos produtos químicos e água para desenvolvê-las. 

Dessa forma, usando a tecnologia de mapeamento digital, drones e sensores é possível distinguir o tipo e as características do solo, cuidando da produtividade do plantio e do meio ambiente que o cerca. 

3 – Agricultura urbana

Aproveitar os espaços ao redor das cidades para plantio também é uma técnica para aumentar a produção de alimentos sustentáveis. É só escolher bem as culturas que geram frutos e também sombra, efeito de resfriamento e cadência de carbono.

Além disso, é possível aproveitar pequenos lotes dentro da cidade para produção de uma agricultura urbana que gere alimento para a comunidade e cuide do solo de forma ecológica e sustentável, sem desperdício de água e exagero de insumos.

Outra opção são as fazendas verticais, tipo de técnica de plantio que virou tendência nos últimos anos. Pois, além da produção em local fechado usando LEDs para acelerar o crescimento, essas fazendas são automatizadas e usam água rica em nutrientes direto nas raízes da planta.

Ou seja, em áreas peri urbanas congestionadas e prédios ou armazéns abandonados é possível começar a plantar algumas culturas, que não só irão gerar alimentos com alto valor nutricional, mas também irão ajudar o meio ambiente e a despoluir as cidades. 

4 – Revestimentos à base de plantas

De acordo com a WWF, 40% dos alimentos cultivados nas grandes lavouras do mundo não são consumidos. Isso porque, muito se perde na colheita, na cadeia de suprimentos e nas nossas casas.

Ou seja, nos transportes e exposição desses alimentos tem uma parte que estraga, isso sem contar nos desperdícios de quem compra e não consome. 

Desse modo, pensar em uma maneira de prolongar a vida útil dos alimentos é um desafio. Por isso, pesquisadores, como Richard Munson, autor de “Tech to Table: 25 Innovators Reimagining Food” conclui que para o alimento durar mais tempo é preciso cobri-lo com um revestimento comestível à base de plantas.

No seu livro, Munson cita o exemplo da empresa norte-americana Apeel, que criou coberturas insípidas, inodoras, invisíveis e comestíveis para os alimentos.

Compostas de ácidos graxos e outros compostos orgânicos extraídos das cascas e da polpa dos produtos, esses revestimentos agem como uma barreira física para manter a água dentro e o oxigênio fora, prolongando assim, a vida útil do alimento.

E os estudos não param por aí, pesquisadores na Índia também desenvolveram revestimentos comestíveis e os resultados são positivos, pois os alimentos, após a cobertura a base de plantas conseguem ficar frescos por mais tempo.

Portanto, trazer para discussão técnicas de produção de alimentos sustentáveis é um assunto do agora e não do futuro. Pois, rever manejos, desperdícios e o uso de agentes químicos é um desafio da nossa geração que ficará de herança para a próxima. 

Por isso, começar a adotar técnicas como a de agricultura de precisão, agricultura urbana e incentivar pesquisas de culturas que se desenvolvem em solos salinos e como aumentar a durabilidade dos alimentos é essencial para o agronegócio. Pois, o meio ambiente cobra, mas nós conseguimos preservá-los com boas atitudes.

Gostou do conteúdo? Clique aqui e saiba mais sobre a agricultura de precisão e os impactos econômicos no campo.

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